abril 28, 2025

Angela Chaves, 61, y Marli Soares, 60, João Pessoa, Brasil

(Português)

By In Perfiles

Por Luiz Filho

Em João Pessoa, onde o sol nasce primeiro na América, o afeto e a luta são combustíveis para mudar a realidade. Aqui, os últimos 40 anos de ativismo LGBTQIAPN+ se entrelaçam com a amizade de Marli Soares e Angela Chaves. Educadoras e ativistas lésbicas, elas se conheceram em protestos sindicais e nunca soltaram as mãos uma da outra.

A criação de redes e a coragem marcam as suas trajetórias. Formaram organizações anti-racistas e de mulheres lésbicas e bissexuais. Em 2017, conquistaram uma lei contra a discriminação LGBTQIAPN+ na Paraíba. Em suas memórias, as perdas para a Aids nos anos 1980 e a covid-19 aumentaram ainda mais a necessidade de resistir. “A gente luta para sobreviver. Porque acreditamos que há uma arma sempre apontada para quem é LGBTQIAPN+, negro, indígena”, confessa Ângela. “Não adianta ficar de braços cruzados”, insiste Marli.


Sentindo-se como jovens ativistas, Marli e Angela constroem um sonho coletivo para ir em busca de respeito. Com as mesmas mãos que se uniram há mais de 30 anos, elas dão um “bate aqui”. A energia e a união que demonstram com o ato transformaram a história desse lugar para mulheres, negros e pessoas LGBTQIAPN+. “Nossa amizade é eterna”, dizem, sorrindo. E assim permanecem juntas, na luta, nos sonhos e no afeto.

 A fotografia mostra a Angela e a Marli em frente a uma prateleira cheia de livros. As duas estão sorrindo no centro da imagem. Angela está à esquerda, é branca, tem cabelo preto curto, usa óculos verdes e brincos muito pequenos nas orelhas, e usa um vestido sem mangas com uma estampa colorida e um colar. Marli está à direita, é negra, tem cabelo curto, encaracolado e preto, usa óculos brancos e veste uma camiseta branca com o desenho de um arco-íris e o nome “Maria Quitéria” visível na parte inferior. A estante atrás delas está cheia de livros de diferentes tamanhos e cores.
Fotografía: Luiz Filho




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